quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Amadurecimento, friaca e micos: os 5 meses de P. Vieira no Japão

Emprestado ao Yokohama FC, da segunda divisão japonesa, por cinco meses (de agosto a dezembro de 2013), o meia palmeirense Patrick Vieira, apesar do pouco tempo, ganhou experiência como jogador e colecionou histórias no outro lado do mundo. Em entrevista ao Site Oficial, o prata da casa expôs sua expectativa de participar do centenário do Verdão e contou seus casos na Terra do Sol Nascente.
“Foi muito bom ter passado cinco meses no Japão. Primeiro pela parte financeira, pois estou conseguindo finalizar a casa da minha mãe. E também porque aprendi a dar valor a muitos treinamentos, como a parte física e a marcação, coisas que eles prezam demais lá. Como pessoa, aprendi uma língua e uma cultura diferentes. Conheci um povo com uma educação incrível. Enfim, amadureci muito tanto como jogador quanto como pessoa”, afirmou o carioca da gema, que teve de se acostumar na marra ao frio nipônico.
“Maior friaca lá. Fui a algumas montanhas esquiar e tal. Mas, pô, estou acostumado a pegar 40 graus no Rio de Janeiro. Prefiro o calor daqui (risos)”, disse o atleta nascido na Vila Kennedy (no bairro de Bangu), sempre acompanhado pelo irmão e fiel escudeiro Petterson. “Nós dois sofremos um pouco com os hábitos do Japão. O Petterson comprou vodca achando que era água e sorvete de feijão pensando que era de morango (risos). Mas, depois de alguns vacilos, nos acostumamos bem e deu para nos virar”, contou Patrick, que atuou ao lado de Kazu, primeiro japonês a jogar no Brasil (tendo vestido, inclusive, a camisa alviverde em 1986) e na ativa aos 46 anos.
“Ele tem idade para ser meu pai, tem uma história enorme no Japão. Foi um cara que me ajudou muito. Cheguei a sair para jantar com a família dele algumas vezes. E ele falava minha língua por ter jogado no Brasil e isso facilitou. Eu ganhei uma camisa dele e vou colocar em um quadro em casa. Dentro de campo, ele jogava fácil, sabe muito... Fiz muitas jogadas com ele”, explicou o meia, que envergou o número 10 na equipe japonesa, marcou um gol e distribuiu assistências no campeonato local.
No início de 2013, antes de sofrer uma grave contusão na coxa esquerda, Patrick Vieira foi titular do técnico Gilson Kleina na primeira parte do Campeonato Paulista e na fase inicial da Copa Libertadores. Por isso, mesmo distante, comemorou a permanência do treinador. “Fiquei muito feliz. Acompanhei toda a negociação e foi muito bom. Ele é um cara que merece, é um batalhador e fez um ótimo trabalho. Sou muito grato a ele pelas oportunidades que me deu”, explicou o jogador, que se reapresentará no dia 3 de janeiro de 2014 e não vê a hora de o centenário palestrino começar.
“Já estou imaginando como será o ano que vem. Será muito bom. Quero estar bem e participar de tudo, principalmente da reinauguração da Arena. Será muito marcante. Estou ansioso para ver o estádio lotado e tenho certeza de que será uma temporada vitoriosa”, concluiu Patrick, que, muito cobiçado pela torcida em Yokohama, só deu autógrafos com o primeiro nome para evitar confusões com o xará francês mais famoso.
Patrick reencontrou amigo Daniel Lovinho no Japão
A passagem pela nação asiática possibilitou outra benesse à vida de Patrick: reencontrar o amigo da base Daniel Lovinho, atualmente no Thespakusatsu Gunma. “Foi muito legal. Ele é um moleque que merece, gente boa demais. Trocamos ideias depois do jogo e marcamos de jantar. Foi bem legal”. Tanto o time de Patrick quanto o de Lovinho não conseguiram ascender à elite do futebol japonês, ao contrário da equipe do atacante Mazinho, emprestado até o final do ano ao Vissel Kobe.

Fonte: palmeiras.com.br